sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

The World Ends With You

Desenvolvedor: Square Enix

Plataforma: Nintendo DS


Em 26 de julho de 2007 era lançado no Japão o jogo すばらしきこのせか (Subarashiki Kono Sekai, literalmente “Esse Mundo Maravilhoso”), ao chegar no ocidente seria rebatizado como The World Ends With You (O Mundo Termina Em Você), de agora em diante, TWEWY.

Sem pertencer a nenhuma franquia, sem ser baseado em nenhum filme, livro ou algo do gênero, TWEWY não tinha nada além do nome da Square para suportá-lo. Mas jogo bom se sobressai não importa como.


O jogo conta a história de Neku Sakuraba, um garoto sociopata que acorda jogado no meio de um cruzamento em Shibuya. Uma mensagem chega em seu celular, “Alcance a 104. Você tem 60 minutos. Falhe, e encare o apagamento. - Os Reapers”, então um contador regressivo aparece em sua mão e ele vê um telão escrito “Você tem 7 dias” (Não, ele não assistiu fita alguma). Ele é então de repente atacado por estranhos sapos. Sem nada a fazer a não ser correr, ele acaba indo parar em frente a estátua do Hachiko, onde encontra a patricinha Shiki Misaki, que pede para Neku fazer um pacto com ela (seja lá o que for isso). Após o pacto ser feito, Shiki entrega um pin (algo como um button) para Neku lutar contra o Noise, ou seja, os sapos.


Neku recebe o pior tipo de spam: o que te dá

um ultimato e se recusa a ser apagado


Neku então descobre que ele está em um jogo, a cada dia terá que cumprir missões para evitar ser apagado, isso durante uma semana. Acho que ele não tem muita opção. Shiki é sua parceira e luta com ele, mas em dimensões separadas. Um prêmio se você adivinhou, mas cada um luta em uma tela do DS. A tela de baixo, do Neku, é controlada pela stylus, já a tela de cima, da Shiki, é controlada pelo d-pad ou pelos botões ABXY (dependendo da mão hábil do jogador). E sim, você tem que controlá-los ao mesmo tempo. O jogo tem um modo de controle automático do seu parceiro, mas é tão ruim que eu morria no noise mais fraco. Então só de você apertar teclas aleatórias já é melhor (e em 99% do tempo é assim mesmo que você vai controlar seu parceiro). Além disso tudo é controlado pela stylus, tanto a movimentação de Neku, quanto a passagem dos diálogos, menu, etc.


Tudo isso pode parecer difícil, mas não muito longe do começo você ganha o modo Easy, e você pode mudar livremente de dificuldade no decorrer do jogo, tudo depende se você quer terminar rápido ou se quer itens melhores e mais desafios. Outra coisa customizável é seu nível. Você ganhará experiência e eventualmente seu nível aumentará (apesar de ele apenas influenciar no seu hp). Abaixar esse nível aumentar a chance dos noises te darem um bom item. Fazer uma corrente de lutas consecutivas também aumenta essa chance.


Neku começará então a descobrir pequenos fatos, juntar os pedaços do quebra-cabeça e descobrir a (terrível) verdade por detrás de sua amnésia. Ao decorrer da história ele conhecerá tanto amigos como o skatista Beat e sua doce parceira Rhyme, o misterioso Joshua, o sábio Senhor Hanekoma como inimigos como o Game Master Yodai Higashizawa, o nerd Sho Minamimoto, a terrível Mitsuki Konishi e o todo-poderoso Megumi Kitanji.


Ainda que não pareça em um primeiro momento, TWEWY tem uma história única, profunda e original. Junto com seus personagens cativantes, é muito difícil não guardar TWEWY no coração depois de zerar o jogo. Coisa que por sinal é muito rápida, já que o jogo é bem curto. Entretanto quando se termina pela primeira vez ainda resta muita coisa a fazer. A opção de Capítulos é aberta no menu, permitindo ir para qualquer dia, jogando e seguindo a história daquele dia novamente. Junto com isso, várias buscas são pedidas em todos os dias, fazer todas as missões do dia habilita um relatório, que revela mais da história do jogo, que não é completamente revelada mesmo terminando ele. É liberado também um dia extra, o Another Day, que não tem nada a ver com a história, é apenas uma história paralela engraçada, usando os mesmos personagens.



Agora se tem algo que pode ofuscar a belíssima história de TWEWY é a sua trilha sonora. Ela é composta por músicas reais, de estilos variados, rap, funk, rock, pop, instrumental, é completamente envolvente e quando você menos perceber já terá ela no seu mp3 ouvindo sem parar.

A trilha sonora revela também um dos assuntos principais de TWEWY: as diferentes tribos urbanas. Isso se ressalta principalmente em Shibuya, uma cidade altamente diversificada.


Mas como nem tudo são flores, vamos aos pontos negativos. Em primeiro lugar a trilha sonora no começo do jogo se resumem a três das mais de 20 músicas do repertório: “Underground”, “Long Dream” e “Calling”. Por algumas razão bizarra as músicas vão se liberando aos poucos e só fica inteiramente disponível tardiamente no jogo. Junte isso ao fato da história não parecer atraente no começo e você tem um jogo que parece extremamente chato. É quase como se os produtores dissessem “Bem, você quer usufruir desse maravilhoso jogo, pois bem, quero ver você querer jogar depois desse começo chato”. Será que eles apostam no fato que já que a pessoa comprou mesmo ela vai jogar o jogo mesmo que ele seja chato?


Outro problema é que há apenas um único jogo no cartucho, não é possível ter mais de um jogo em andamento no mesmo cartucho. Não há nem a possibilidade de começar outro jogo, já que ele exige que seu salvamento antigo seja apagado para começar um novo jogo. Eu não sei porque isso acontece, afinal de contar nem há salvamento automático em TWEWY.


A dificuldade é algo que pode ser um problema também, principalmente se você quiser os itens mais raros, que exigem que você vença um noise naturalmente forte no nível Hard ou Ultimate. Muitos são inclusive chefes, e não há nada que garanta que você conseguirá o item que quer, já que a Drop Rate é geralmente muito baixa nesses casos.


Apesar de tudo TWEWY é para mim um dos melhores jogos que já joguei, e o melhor original para DS. É um jogo que nos deixa com sede de seqüencias e pode muito bem virar uma boa e bem sucedida franquia da Nintendo.



3 comentários:

  1. haahha otimo otimo, concordo na maioria, soh nao sei se fariam uma boa sequencia... talvez, se usarem outros personagens, talvez seja uma boa sequencia... reciclar personagem é algo tao horrivel.... (se bem que a square eh pro em fazer sequencias sem uma ter nada a ver com a outra, vide final fantasy)

    ja nao concordo com 6 estrelas... o maximo nao eh 5? se o jogo eh perfeito, ja leva 5, se o maximo for 10, acho que a nota ficou baixa, e se a nota maxima for 7, ou 6, me poupe né? numeros redondos pra que?

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  2. Ué, não existem hotéis 6 estrelas? Taí um jogo 6 estrelas.

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